quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tempo Geológico

Escala de tempo geológico representa a linha do tempo desde o presente até a formação da Terra, dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades, que se baseiam nos grandes eventos geológicos da história do planeta. Embora devesse servir de marco cronológico absoluto à Geologia, não há concordância entre cientistas quanto aos nomes e limites de suas divisões. A versão aqui apresentada baseia-se na edição de 2004 do Quadro Estratigráfico Internacional da Comissão Internacional sobre Estratigrafia da União Internacional de Ciências Geológicas.


Era Proterozóica
Também chamada de Era Primitiva ou Era Pré-Cambriana. A mais antiga e mais vasta divisão do tempo geológico(gr. proteros = primeiro + zoé= vida). O seu início não é ainda definitivamente conhecido, ultrapassando, entretanto, a casa dos quatro bilhões de anos (estimativa baseada na radioatividade); o seu término deu-se aproximadamente há 500 milhões de anos. Designam-se comumente como pré-cambrianos os terrenos formados durante essa era. Constituem-se de rochas metamórficas (ganisses, xistos) intensamente dobradas e falhadas e rochas ígneas (granitos, etc.). A sua importância econômica é muito grande, porque nos terrenos dessa era estão as maiores reservas de ferro conhecidas, manganês, etc., sem mencionar-se ouro, cobre, níquel, prata, pedras preciosas, material de construção, etc.
Era Paleozóica
Também chamada de Era Primária. Divisão do tempo geológico seguinte à Era Proterozóica e a antecedente à Era Mesozóica. A sua duração foi de aproximadamente 380 milhões de anos. Embora a vida já se achasse presente na Era Proterozóica, é nos terrenos mais antigos da Era Paleozóica que os vestígios de organismos se mostram mais abundantes. Divide-se em seis períodos que, na ordem dos mais antigos para os mais modernos, são os seguintes: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano. De acordo com os dados paleontológicos, no cambriano achavam-se presentes todos os grandes grupos de invertebrados.
Era Mesozóica
Também chamada de Era Secundária. Penúltima das eras em que se divide a história da Terra. Conhecida como a Idade dos Répteis ou Idade dos Amonides, pela importância que esses dois grupos atingiram durante os 140 milhões de anos da sua duração. O nome vem do grego mesos que significa meio, e zoé que indica vida, isto é, vida intermediária. Dos répteis mesozóicos os dinossauros são os mais conhecidos. Atingiram tamanhos gigantescos e se extinguiram no fim da Era Mesozóica.
Era Cenozóica
O princípio da Era Cenozóica marca a abertura do capítulo mais recente da história da Terra. O nome desta era provém de duas palavras gregas que significavam vida recente. Durante a Era Cenozóica, que principiou há cerca de 60 milhões de anos, a face da Terra assumiu sua forma atual. A vida animal transformou-se lentamente no que hoje se conhece, porque nela se desenvolveu o ser humano.

Fósseis encontrados na China sugerem que o humano moderno apareceu bem antes do que se pensava





     A descoberta de restos fósseis dos primeiros humanos modernos (Homo sapiens sapiens) na região de Zhirendong (Gruta de Zhiren) no sul da China, datam pelo menos uns 100 mil anos, o que representa a evidência mais antiga do aparecimento dos humanos modernos na Ásia Oriental, pelo menos 60 mil anos mais velhos que os humanos modernos anteriormente conhecidos na região.
- "Estes fósseis estão a ajudar-nos a redefinir a nossa percepção do aparecimento do homem moderno no leste da Eurásia, e em todo o Velho Mundo em geral", diz Eric Trinkaus, PhD, Professor Mary Tileston Hemenway em Artes e Ciências e professor de Antropologia Física.
        Os fósseis de Zhirendong têm uma mistura de características modernas e arcaicas, que contrastam com os humanos modernos encontrados anteriormente no leste da África e sudoeste da Ásia, o que indica um verdadeiro grau de continuidade da população humana na Ásia, com o aparecimento dos humanos modernos.


    Os humanos de Zhirendong indicam que a propagação biológica humana moderna precedeu por muito as inovações culturais e tecnológicas do Paleolítico Superior e que os primeiros humanos modernos coexistiram durante muitas dezenas de milhares de anos com seres humanos mais arcaicos ou primitivos, mais ao norte e ao oeste através de Eurásia.

      Uma equipa internacional de pesquisadores, entre eles um professor de antropologia física na
Universidade de Washington em St. Louis, descobriram fósseis humanos bastante antigos no sul da China, o que muda notoriamente a percepção dos antropólogos a respeito do aparecimento dos humanos modernos no leste do Velho Mundo.