sexta-feira, 9 de março de 2012

O MUNDO SEM PETRÓLEO: FACTOS




            Comida, habitações, automóveis, aviões, fábricas, energia eléctrica, todos estas comodidades humanas dependem hoje maioritariamente do petróleo. Depois de 150 anos a extrair petróleo do solo, a humanidade depara-se agora (hipoteticamente) com a falta súbita deste produto essencial à vida humana. Milhares de navios e aviões, milhões de veículos utilizam-no para se deslocarem. Só os EUA consomem o dobro do que produzem. Em caso de escassez, os 725 milhões de barris de reserva não chegariam para aguentar o país mais de 12 meses, mesmo em regime de poupança de recursos. Neste cenário aviões e todo o tipo de transportes parariam ao fim de alguns dias, depois de esgotarem todos os seus últimos recursos. Pessoas e produtos ficam retidos onde se encontram. O comércio internacional fica comprometido. Milhões de empresas e indústrias fecham e os desempregados crescem exponencialmente a cada dia. Só na indústria do petróleo, 400.000 empregados em todo o mundo ficam sem trabalho de um dia para o outro. O aço deixa de ser produzido e a construção fica seriamente comprometida. A falta de petróleo acabará por fazer parar toda a vida humana rapidamente dando-se um colapso social quase imediato. Uma nova sociedade, mais primitiva embora mais experiente, está a emergir deste facto. Às grandes cidades já não chegam alimentos ao fim de uma semana e para cada pessoa é necessário uma área agrícola do tamanho de um campo de futebol americano, por ano, para se alimentar. Os supermercados esgotam os seus últimos stocks que vendem a peso de ouro, mediante uma segurança privada apertada e bem armada. Veículos a diesel são agora os únicos a circular, abastecidos com óleo alimentar.
           Um mês depois, as cidades são abastecidas por militares junto das linhas de comboio. Como a escassez de alimentos é enorme o racionamento é obrigatório. Os governos de todo o mundo têm de tomar decisões dramáticas. Os subúrbios, onde vive, por exemplo, metade da população norte-americana, começam a ser abandonados por falta de condições. A soja começa a ser plantada massivamente para a produção de diesel e logo de seguida o milho para produzir etanol, o novo combustível do futuro. Alguns veículos eléctricos começam a aparecer e o lítio, necessário para as baterias, torna-se num produto fundamental.
          Um ano depois, a produção de biodiesel duplica mas depende agora das plantações anuais de milho. Como escasseia a comida surge o dilema: plantar para comer ou para produzir combustível? Os hospitais funcionam mal com falta de higiene, por ausência de material esterilizado e de protecção. Milhares de pessoas morrem de infecções. Muitas pessoas fogem das cidades e dos seus lares em direcção ao campo em busca de alimento e de uma vida mais saudável. Um enorme êxodo de deslocados começa em todo o mundo. Sem pessoas, sem alimentos, sem combustível, as cidades entram em decadência acelerada. Os adultos lutam para conseguirem cerca de 200.000 calorias para passarem o Inverno rigoroso. Os países encontram-se agora isolados. O comércio internacional é praticamente inexistente. Cidades, indústrias e portos estão agora completamente abandonados. Os militares dispersaram-se e perderam o seu poder. Só nos EUA as forças militares eram responsáveis pelos maiores consumos de combustível, anuais (cerca de 180 mil milhões de dólares) em tanques, navios e aviação. O etanol é abandonado por falta de colheitas de milho para combustível. Há criminosos perigosos espalhados por todos os lados que atacam em bandos. Dos céus começam a cair os primeiros satélites por falta de manutenção ou controlo à distância. A reciclagem é agora a maior indústria. Surgem os primeiros barcos a biodiesel, agora fabricado a partir das algas, cuja produção rende sete vezes mais relativamente a outros biocombustíveis.
          10 Anos depois, são já produzidos 8 mil milhões de litros de biocombustível a partir de algas. No entanto, os aviões ficam fora dos transportes utilizados. Os aeroportos onde outrora passavam milhões de passageiros por dia, estão abandonados e degradados. As casas nas cidades estão a ser reutilizadas, mas de forma completamente nova. Alguns edifícios de vidro são utilizados agora para estufas verticais dentro das cidades. A natureza está agora mais equilibrada, sem poluição aérea ou aquática. Surge o primeiro avião a biodiesel. Nas cidades as zonas verdes são todas utilizadas para plantar alimentos. Um novo espírito comunitário permite que não haja fome nas novas áreas urbanas reocupadas. Os subúrbios permanecem abandonados. Algumas cidades começam a ligar-se através de comboios eléctricos. Novos veículos mais leves, em fibra de carbono, começam a ser produzidos em maior escala, movidos a biodiesel das algas. Algumas cidades permanecem, no entanto, abandonadas. Em apenas 150 anos, a população mundial duplica. Por todo o mundo o principal veículo é a bicicleta...

Reflexão:


História do Petróleo

·         O petróleo é um dos combustíveis mais poderosos e versáteis do nosso planeta.
·         Plantas e animais mortos, comprimidos e expostos ao calor durante centenas de milhões de anos, produziram um néctar planetário primitivo, de onde se podem fazer coisas tão variadas como pasta dos dentes, batons, polyester ou plástico: o petróleo.
·         O homem extrai petróleo do subsolo há cerca de 150 anos.
·         O homem já extraiu mais de um trilião de barris de petróleo, cerca da mesma quantidade que ainda há no subsolo para consumo humano.
Alternativas e Benefícios
·         As algas podem ser processadas e transformadas em combustível, produzindo sete mil vezes mais energia por quilómetro quadrado que outro bio-combustível. Este combustível é altamente renovável e quase não precisa de fertilizante.
·         Sem acesso fácil a novas fontes de petróleo, as pessoas serão obrigadas a repensar, reutilizar e reconstruir aquilo que têm.
·         Se o petróleo acabasse de vez no nosso planeta, milhares de milhões de toneladas quadradas de elementos poluentes tóxicos seriam libertados da atmosfera sobre os Estados Unidos ao fim de um ano.


 

 

3 comentários:

  1. um documentário que nos faz pensar no nosso futuro. Bom trabalho

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  2. O petróleo é algo que está sempre presente na vida do ser humano, mas pode trazer algumas consequências como é ilustrado no documentário.

    Continuação de bom trabalho
    PlanetaGeo

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  3. Este documentário dá nos a visão que o mundo sem petróleo iria virar uma catástrofe para o ser humano. Um excelente documentário. Bom trabalho

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