Comida, habitações, automóveis, aviões, fábricas, energia
eléctrica, todos estas comodidades humanas dependem hoje maioritariamente do
petróleo. Depois de 150 anos a extrair petróleo do solo, a humanidade depara-se
agora (hipoteticamente) com a falta súbita deste produto essencial à vida
humana. Milhares de navios e aviões, milhões de veículos utilizam-no para se
deslocarem. Só os EUA consomem o dobro do que produzem. Em caso de escassez, os
725 milhões de barris de reserva não chegariam para aguentar o país mais de 12
meses, mesmo em regime de poupança de recursos. Neste cenário aviões e todo o
tipo de transportes parariam ao fim de alguns dias, depois de esgotarem todos
os seus últimos recursos. Pessoas e produtos ficam retidos onde se encontram. O
comércio internacional fica comprometido. Milhões de empresas e indústrias
fecham e os desempregados crescem exponencialmente a cada dia. Só na indústria
do petróleo, 400.000 empregados em todo o mundo ficam sem trabalho de um dia
para o outro. O aço deixa de ser produzido e a construção fica seriamente comprometida. A falta de petróleo
acabará por fazer parar toda a vida humana rapidamente dando-se um colapso
social quase imediato. Uma nova sociedade, mais primitiva embora mais
experiente, está a emergir deste facto. Às grandes cidades já não chegam
alimentos ao fim de uma semana e para cada pessoa é necessário
uma área agrícola do tamanho de um campo de futebol
americano, por ano, para se alimentar. Os supermercados esgotam os seus últimos
stocks que vendem a peso de ouro, mediante uma segurança privada apertada e bem
armada. Veículos a diesel são agora os únicos a circular, abastecidos com óleo
alimentar.
Um mês depois,
as cidades são abastecidas por militares junto das linhas de comboio. Como a escassez de alimentos é enorme o
racionamento é obrigatório. Os governos de todo o mundo têm de tomar decisões
dramáticas. Os subúrbios, onde vive, por exemplo, metade da população
norte-americana, começam a ser abandonados por falta de condições. A soja
começa a ser plantada massivamente para a produção de diesel e logo de seguida
o milho para produzir etanol, o novo combustível do futuro. Alguns veículos
eléctricos começam a aparecer e o lítio, necessário para as baterias, torna-se
num produto fundamental.
Um ano depois, a
produção de biodiesel duplica mas depende agora das plantações anuais de milho.
Como escasseia a comida surge o dilema: plantar para comer ou para produzir
combustível? Os hospitais funcionam mal com falta de higiene, por ausência de material
esterilizado e de protecção. Milhares de pessoas
morrem de infecções. Muitas pessoas fogem das
cidades e dos seus lares em direcção ao campo em busca de alimento e de uma
vida mais saudável. Um enorme êxodo de deslocados começa em todo o mundo. Sem
pessoas, sem alimentos, sem combustível, as cidades entram em decadência
acelerada. Os adultos lutam para conseguirem cerca de 200.000 calorias para passarem o Inverno
rigoroso. Os países encontram-se agora isolados. O comércio internacional é
praticamente inexistente. Cidades, indústrias e portos estão agora
completamente abandonados. Os militares dispersaram-se e perderam o seu poder.
Só nos EUA as forças militares eram responsáveis
pelos maiores consumos de combustível, anuais (cerca de 180 mil milhões de dólares) em tanques,
navios e aviação. O etanol é abandonado por falta de colheitas de milho para
combustível. Há criminosos perigosos espalhados por todos os lados que atacam
em bandos. Dos céus começam a cair os primeiros satélites por falta de
manutenção ou controlo à distância. A reciclagem é agora a maior indústria.
Surgem os primeiros barcos a biodiesel, agora fabricado a partir das algas, cuja
produção rende sete vezes mais relativamente a outros biocombustíveis.
10 Anos depois,
são já produzidos 8 mil milhões
de litros de biocombustível a partir de algas. No entanto, os aviões ficam fora
dos transportes utilizados. Os aeroportos onde outrora passavam milhões de
passageiros por dia,
estão abandonados e degradados. As casas nas cidades estão a ser reutilizadas,
mas de forma completamente nova. Alguns edifícios de vidro são utilizados agora
para estufas verticais dentro das cidades. A natureza está agora mais
equilibrada, sem poluição aérea ou aquática. Surge o primeiro avião a
biodiesel. Nas cidades as zonas verdes são todas utilizadas para plantar
alimentos. Um novo espírito comunitário permite que não haja fome nas novas
áreas urbanas reocupadas. Os subúrbios permanecem abandonados. Algumas cidades
começam a ligar-se através de comboios eléctricos. Novos veículos mais leves,
em fibra de carbono, começam a ser produzidos em maior escala, movidos a
biodiesel das algas. Algumas cidades permanecem, no entanto, abandonadas. Em
apenas 150 anos, a população mundial duplica. Por todo o mundo o principal
veículo é a bicicleta...
Fonte: O mundo sem petróleo
Comida, habitações, automóveis, aviões, fábricas, energia
eléctrica, todos estas comodidades humanas dependem hoje maioritariamente do
petróleo. Depois de 150 anos a extrair petróleo do solo, a humanidade depara-se
agora (hipoteticamente) com a falta súbita deste produto essencial à vida
humana. Milhares de navios e aviões, milhões de veículos utilizam-no para se
deslocarem. Só os EUA consomem o dobro do que produzem. Em caso de escassez, os
725 milhões de barris de reserva não chegariam para aguentar o país mais de 12
meses, mesmo em regime de poupança de recursos. Neste cenário aviões e todo o
tipo de transportes parariam ao fim de alguns dias, depois de esgotarem todos
os seus últimos recursos. Pessoas e produtos ficam retidos onde se encontram. O
comércio internacional fica comprometido. Milhões de empresas e indústrias
fecham e os desempregados crescem exponencialmente a cada dia. Só na indústria
do petróleo, 400.000 empregados em todo o mundo ficam sem trabalho de um dia
para o outro. O aço deixa de ser produzido e a construção fica seriamente comprometida. A falta de petróleo
acabará por fazer parar toda a vida humana rapidamente dando-se um colapso
social quase imediato. Uma nova sociedade, mais primitiva embora mais
experiente, está a emergir deste facto. Às grandes cidades já não chegam
alimentos ao fim de uma semana e para cada pessoa é necessário
uma área agrícola do tamanho de um campo de futebol
americano, por ano, para se alimentar. Os supermercados esgotam os seus últimos
stocks que vendem a peso de ouro, mediante uma segurança privada apertada e bem
armada. Veículos a diesel são agora os únicos a circular, abastecidos com óleo
alimentar.
Um mês depois,
as cidades são abastecidas por militares junto das linhas de comboio. Como a escassez de alimentos é enorme o
racionamento é obrigatório. Os governos de todo o mundo têm de tomar decisões
dramáticas. Os subúrbios, onde vive, por exemplo, metade da população
norte-americana, começam a ser abandonados por falta de condições. A soja
começa a ser plantada massivamente para a produção de diesel e logo de seguida
o milho para produzir etanol, o novo combustível do futuro. Alguns veículos
eléctricos começam a aparecer e o lítio, necessário para as baterias, torna-se
num produto fundamental.
Um ano depois, a
produção de biodiesel duplica mas depende agora das plantações anuais de milho.
Como escasseia a comida surge o dilema: plantar para comer ou para produzir
combustível? Os hospitais funcionam mal com falta de higiene, por ausência de material
esterilizado e de protecção. Milhares de pessoas
morrem de infecções. Muitas pessoas fogem das
cidades e dos seus lares em direcção ao campo em busca de alimento e de uma
vida mais saudável. Um enorme êxodo de deslocados começa em todo o mundo. Sem
pessoas, sem alimentos, sem combustível, as cidades entram em decadência
acelerada. Os adultos lutam para conseguirem cerca de 200.000 calorias para passarem o Inverno
rigoroso. Os países encontram-se agora isolados. O comércio internacional é
praticamente inexistente. Cidades, indústrias e portos estão agora
completamente abandonados. Os militares dispersaram-se e perderam o seu poder.
Só nos EUA as forças militares eram responsáveis
pelos maiores consumos de combustível, anuais (cerca de 180 mil milhões de dólares) em tanques,
navios e aviação. O etanol é abandonado por falta de colheitas de milho para
combustível. Há criminosos perigosos espalhados por todos os lados que atacam
em bandos. Dos céus começam a cair os primeiros satélites por falta de
manutenção ou controlo à distância. A reciclagem é agora a maior indústria.
Surgem os primeiros barcos a biodiesel, agora fabricado a partir das algas, cuja
produção rende sete vezes mais relativamente a outros biocombustíveis.
10 Anos depois,
são já produzidos 8 mil milhões
de litros de biocombustível a partir de algas. No entanto, os aviões ficam fora
dos transportes utilizados. Os aeroportos onde outrora passavam milhões de
passageiros por dia,
estão abandonados e degradados. As casas nas cidades estão a ser reutilizadas,
mas de forma completamente nova. Alguns edifícios de vidro são utilizados agora
para estufas verticais dentro das cidades. A natureza está agora mais
equilibrada, sem poluição aérea ou aquática. Surge o primeiro avião a
biodiesel. Nas cidades as zonas verdes são todas utilizadas para plantar
alimentos. Um novo espírito comunitário permite que não haja fome nas novas
áreas urbanas reocupadas. Os subúrbios permanecem abandonados. Algumas cidades
começam a ligar-se através de comboios eléctricos. Novos veículos mais leves,
em fibra de carbono, começam a ser produzidos em maior escala, movidos a
biodiesel das algas. Algumas cidades permanecem, no entanto, abandonadas. Em
apenas 150 anos, a população mundial duplica. Por todo o mundo o principal
veículo é a bicicleta...
Fonte: O mundo sem petróleo
um documentário que nos faz pensar no nosso futuro. Bom trabalho
ResponderEliminarO petróleo é algo que está sempre presente na vida do ser humano, mas pode trazer algumas consequências como é ilustrado no documentário.
ResponderEliminarContinuação de bom trabalho
PlanetaGeo
Este documentário dá nos a visão que o mundo sem petróleo iria virar uma catástrofe para o ser humano. Um excelente documentário. Bom trabalho
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